Redação Pragmatismo
Notícias 16/Abr/2025 às 10:17 COMENTÁRIOS
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Saiba quem são os PMs de Tarcísio que aparecem queimando cruz e fazendo saudação nazista

Publicado em 16 Abr, 2025 às 10h17

PM de Tarcísio de Freitas mostra que fundo do poço tem subsolo. Milícias supremacistas avançam dentro da corporação em São Paulo e governo se vê obrigado a divulgar 'nota de esclarecimento'

pm tarcísio nazista

Os policiais que aparecem em vídeo queimando uma cruz e fazendo saudações nazistas são membros do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (9º Baep), unidade especializada da Polícia Militar paulista (PM-SP) com atuação em São José do Rio Preto (SP). O vídeo foi publicado no perfil oficial do Batalhão no Instagram, mas apagado minutos depois.

As imagens mostram os policiais posicionados em frente a uma cruz em chamas. Dois dos agentes aparecem, ainda, com o braço em riste — no que sugere uma saudação nazista ou supremacista branca. A cena publicada, que exibe também um corredor de velas e viaturas ao fundo e uma trilha sonora dramática, não especifica o local em que foi gravado o vídeo.

Um perfil do Comando de Policiamento do Interior 5 (CPI-5) republicou a postagem e o perfil do tenente-coronel José Thomaz Costa Junior, comandante do 9º Baep, estava marcado na publicação.

O braço em riste e a cruz em chamas podem sem compreendidos como alusivos à saudação romana usada por neonazistas e à cerimônia de queima de cruzes criada pela Ku Klux Klan e repetida por supremacistas brancos.

A polêmica obrigou o governo Tarcísio de Freitas a divulgar uma ‘nota de repúdio’. “A Polícia Militar é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância. Assim que tomou conhecimento das imagens, a Corporação instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao caso. A Corporação não compactua com desvios de conduta e reforça que qualquer manifestação que contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada e os envolvidos responsabilizados”, diz nota da SSP-SP.

O Baep é uma unidade especializada criada ainda pela gestão João Doria (PSDB), em 2019, para atuar como uma espécie de “Rota do interior”, com foco em ações ostensivas — atualmente, a unidade também já está presente na capital. A Rota é conhecida por ser a unidade policial que mais mata no estado.

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